Como isso impacta na atualidade?

A influência das redes sociais na aceitação corporal

Hoje em dia, sabemos que grande parcela da população faz uso da Internet e das redes sociais, como forma de entretenimento e até mesmo, como ferramenta de informatização. Nos últimos tempos, com a popularização destes meios, surgiram os blogueiros, que com suas famas, fazem publicidades para algumas marcas, expõem suas rotinas e compartilham, na maioria das vezes, a parte positiva dos seus cotidianos. 

Porém, apesar da facilidade da criação de conteúdos, a Internet passou a ser um espaço para discursos de ódio, que acabam impactando a vida de tantas pessoas. Além de receber muitas críticas por parte de sua família, a Maria Fernanda Corrêa diz que as mídias sociais são grandes influenciadoras na questão do seu ódio corporal.

“Nós nos vemos muito nos outros e na mídia, é onde mais nos vemos, pois está todos os dias lá, com o acesso fácil para todos. Atualmente, a magreza extrema está voltando à moda, assim como nos anos 2000 e mesmo sabendo que a minha estrutura corporal não condiz com esse padrão, eu quero chegar a todo custo. Eu quero poder comprar as roupas, de formato pequeno, dessas grandes marcas, mas, por ter muito quadril e bunda, elas não me servem. Dessa forma, eu me sinto à parte da sociedade, não me sinto incluída, me sinto como uma estranha”, diz Maria Fernanda Corrêa.

Apesar de atualmente podermos encontrar corpos mais distintos nas mídias, ainda há o culto à magreza e ao corpo perfeito, sem marcas, estrias, celulites, entre outros. Entretanto, com a influência da revolução 4.0, a nossa sociedade tem um comportamento muito líquido, de querer que tudo aconteça com rapidez e com isso, houve- se o aumento de cirurgias bariátricas.

“A sociedade tenta fazer o tempo todo com que a gente mude. Eu sempre escuto que o meu rosto é lindo e que eu deveria emagrecer para ser linda por completo. Em alguns momentos, isso me faz muito mal e com isso, eu procuro fazer dietas milagrosas, mas logo paro para pensar e vejo que não estou fazendo isso por mim, estou fazendo para agradar os outros”, conta Ana Paula Santos.

Ela ainda acrescenta que percebe que a cirurgia bariátrica se tornou um modismo, muitas pessoas querem buscar por essa saída rápida, inclusive ela. Ao passar nas suas consultas médicas, Ana Paula sempre arrisca a dizer que irá realizar o procedimento, mas logo se lembra que ela não se reconhece com o padrão imposto pela sociedade. Ela gosta de ser gorda, ama o seu corpo e honra as suas “gordurinhas”, se sente bem e completa dessa forma.

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